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domingo, 31 de maio de 2009

Download de PDFs

O domingo foi um dia marcado por uma busca feroz por meios de disponibilizar o download do romance A Fronteira aqui no blog. Ainda não descobri como se faz.

Mas vou descobrir.

Quem tiver curiosidade, basta voltar aqui mais tarde para conferir se eu consegui.

Quem souber como se faz, pode dar uma dica...

Novas idéias

Eu tenho o hábito de sempre pesquisar novas idéias para romances de espionagem. O principal critério é que a trama permita uma conexão direta com a realidade ou com personagens brasileiros.

Seria muito fácil criar tramas que não fossem plausíveis, conectando um personagem brasileiro - um agente da Abin, por exemplo - envolvido em conspirações internacionais ao melhor estilo James Bond.

Mas não teria a menor credibilidade, não é verdade? E credibilidade é uma das condições mais importantes para o romance de espionagem. Afinal de contas, o gênero não combina nem um pouco com realismo fantástico e outros devaneios.

Tudo em um romance de espionagem deve ser sustentado não apenas pela lógica, mas pela História, Geografia, Geopolítica, etc. Mas não é por isso que o gênero não pode ser explorado no Brasil.

Souvenir Iraquiano é uma prova disso. Quem lê o livro percebe como ele - apesar de ser uma obra de ficção - se apóia completamente na realidade, em fatos históricos, na política, na geografia, etc.

O mesmo acontece com A Fronteira. O romance se passa na Somália, entre 1980 e 1981, quando agentes do SNI estiveram lá para uma operação clandestina. Para quem é muito novo ou não se recorda, SNI é Serviço Nacional de Informação, a CIA brasileira nos anos 70, na época da ditadura militar.

A operação era simples: prospectar urânio para oferecer ao programa nuclear de Saddam Hussein (Iraque).

Sim, nosso governo na época era parceiro de Saddam Hussein não apenas no campo nuclear (quem sabe foi para isso que o Brasil comprou Angra I dos alemães?). E essa operação era um dos segredos que o jornalista Alexander Von Baumgarten queria ter revelado em um livro.

Acontece que ele foi assassinado antes disso...

Assim como acontece com A Fronteira, estou hoje trabalhando em quatro histórias que deverão começar a pipocar em breve. Uma delas se passa durante e depois da Guerra das Malvinas; outra se passa em 1982, quando o SNI realizou uma operação clandestina no Suriname em favor da CIA; outra envolve uma manobra conjunta das marinhas brasileira, argentina e norte-americana, com um resultado inesperado e um acidente ecológico; e a última une um terrível acidente ocorrido recentemente no Brasil à política norte-americana de combate ao terrorismo internacional.

Ainda não sei como isso tudo vai rolar. Talvez se transformem em romances independentes. Talvez virem um livro de histórias curtas de espionagem.

Tudo depende do tempo.

E se alguém quiser comprar um exemplar do Souvenir Iraquiano?


Essa é fácil. Basta enviar em email para mim.
O exemplar custa R$ 25,00, sem custo de frete para qualquer canto do Brasil, em remessa normal.
O email é souveniriraquiano@gmail.com

As coisas estão indo


Pois bem, acho que já aprendi a fazer algumas coisas aqui.
O próximo passo é colocar um link para download de arquivo.
A idéia é disponibilizar o download de três trabalhos:

Diário de Um Intelectual à Deriva - romance beat publicado por mim em 1995, pela editora Letra Viva, de Blumenau.

O Doutor - conto de espionagem publicado na revista Playboy de agosto de 2006. Para reavivar a memória, foi a edição de aniversário, com a Flávia Alessandra na capa. O download permitirá a lelitura das páginas da revista, escaneadas. As páginas do conto, é claro.

A Fronteira - meu mais recente romance de espionagem. O download será integral, em PDF. A idéia é permitir a leitura do livro para as pessoas que já leram Souvenir Iraquiano, que ficaram curiosas com o novo livro e sua trama, e que não conseguem esperar o lançamento da versão impressa. É claro que nada impede, no caso da pessoa ler e gostar, a compra futura do livro. Certo?

Agora só preciso de um pouco mais de tempo para aprender como coloco os arquivos para download...

Souvenir no Blog do Jerri Dias

O jornalista, escritor e cineasta Jerri Dias deu uma conferida no livro Souvenir Iraquiano e fez uma resenha muito interessante.

Ao invés de publicar aqui, vou indicar o link, para quem quiser ir olhar lá a resenha dele, no blog dele, escrito com a letra dele. Hehehhe


Espero que gostem de como ele gostou do livro. : P

Souvenir no site da CartaCapital

Uma resenha mais ampla foi publicada no website da CartaCapital. O autor é o excelente Antônio Luiz. Ele é meticuloso, atento, com uma bagagem histórica e cultural do tamanho de um bonde.

O resenhista teve contato também com o meu novo romance, ainda não publicado em via impressa, e fez comentário no final da resenha. Pode conferir:

Espionagem à brasileira


Antonio Luiz M. C. Costa

Os brasileiros apreciam romances de espionagem internacional, como mostram as vendas de autores como Robert Ludlum e John Le Carré. Mas aparentemente não gostam de escrevê-los, ou pelo menos raramente se atrevem a fazê-lo. Talvez nossos Ian Flemings em potencial ainda pensem que tais tramas estão muito distantes da realidade do País – o que já seria ingenuidade nos tempos do Imperador e o é muito mais nos dias de hoje, quando o Brasil, assim como outros grandes países periféricos, desempenha um papel cada vez mais importante na economia e geopolítica globais.

O jornalista e publicitário Robinson dos Santos, atualmente editor do Diário da Amazônia, foi um dos poucos a aceitar o desafio e saiu-se razoavelmente bem. Seu primeiro livro no gênero, Souvenir Iraquiano, edição de mil exemplares de 2005 (Cultura em Movimento, 240 págs.) patrocinada pela Fundação Cultural de Blumenau que até hoje não conseguiu uma distribuição que lhe permita chegar às livrarias, tem uma linguagem ágil e adequada ao tema e mostra muita habilidade em envolver o leitor. Seus personagens são verossímeis e atraentes, convencem como seres humanos e é fácil simpatizar com eles, apesar de todas as suas fraquezas morais.

A trama parte de ex-militares brasileiros que, aflitos por dinheiro por diferentes motivos, se envolveram em ações criminosas e se endividaram com um impiedoso chefe de quadrilha. Ocorre a um deles, que trabalhou no Iraque na época em que a ditadura militar brasileira exportava armas e tecnologia a Saddam Hussein, roubar e contrabandear peças arqueológicas mesopotâmicas que ele vira nas escavações para a construção da usina nuclear de Osirak.

Seus caminhos cruzam-se, porém, com os de um honrado militar iraquiano que decidiu desertar e com os de um espião dos EUA que, ao participar da preparação da primeira guerra do Golfo, de 1991, não vê por que não aproveitar a oportunidade para enriquecer. E nada acontece como foi planejado, para nenhuma das partes...

A trama é muito inteligente e cativante. No mínimo, é uma excelente distração que mereceria ser transformada em filme. O diabo são os detalhes. O uso da língua é, no geral, bastante satisfatório, mas vê-se vários pequenos erros, principalmente quanto a nomes e termos estrangeiros, dos quais uma boa revisão poderia ter-nos poupado.

Além disso, a pesquisa do autor deixou a desejar quanto a alguns pormenores. Não é nada que comprometa seriamente a trama, mas ainda assim são erros irritantes para quem conhece o tema. Para citar dois exemplos, o livro confunde satélites geossíncronos ou geoestacionários (que permanecem fixos sobre determinado ponto do Equador, a 36 mil km de altitude) com satélites espiões de órbita baixa (que passam por todo o planeta a altitudes de 150 km ou menos) e descreve soldados e policiais iraquianos, obviamente árabes, a falar farsi – a língua do então inimigo Irã – no deserto e nas ruas de Bagdá.

Desculpadas minúcias como estas – que valeria a pena revisar em uma eventual e bem merecida segunda edição – o livro é um bom entretenimento. Convém acrescentar que o autor está preparando outro livro, cujo título provisório é A Fronteira, cujo rascunho tive oportunidade de ler. Trata-se, neste caso, de brasileiros que participam uma operação patrocinada pela ditadura militar para prospectar e minerar urânio da Somália para Saddam Hussein, cujos interesses entram em choque com o Mossad, os EUA, as guerrilhas locais e missionários que tentam proteger seus órfãos da guerra. Tem tudo para igualar ou superar o primeiro livro, tanto em verossimilhança quanto em interesse humano.

Na revista VIP

Depois de um tempo, a revista VIP publicou uma nota sobre o livro. Confira abaixo:

O Chefe Gostou (VIP – Agosto de 2007)

Souvenir Iraquiano – Robinson dos Santos – Cultura em Movimento – 240 págs,

Recebi o livro do próprio autor, o jornalista Robinson dos Santos. Ficou na estante. Lia um antes, outro depois. Até que peguei para dar uma olhada. Não parei até terminar. A sensação é que Robinson quis um livro-reportagem, para o qual não teve fôlego, e usou o que já havia apurado para fazer o romance. O mais legal do trabalho nem é a trama. O grande mérito é arriscar-se pelo mundo do romance de espionagem, terreno quase sempre evitado por outros ficcionistas nacionais.

Revista Playboy

Em termos de mídia nacional, a primeira aparição de Souvenir Iraquiano foi na revista Playboy. A nota foi esta:

Thriller de fôlego (Playboy – Junho de 2006)

Espionagem, militares, contrabando, tecnologia nuclear. Material explosivo que o jornalista Robinson dos Santos manipula em um romance que coloca brasileiros numa missão impossível ambientada no Iraque pré-invasão americana em 91. Ainda que soe rocambolesco, o resultado é um thriller cujo fôlego resiste até a última página. A trama é baseada em séries de fatos históricos e é resultado de cinco anos de pesquisas, nas quais o autor investigou o envolvimento do Brasil no programa nuclear iraquiano.

Comentários sobre Souvenir Iraquiano

Quando um livro nasce, quase ninguém sabe dele. E essa condição pode se prolongar por um bom tempo. Aos poucos, algumas pessoas vão lendo, se interessando pelo livro e pelo autor, opiniões vão surgindo... Isso leva tempo.

Souvenir Iraquiano foi lançado em junho de 2005. De lá para cá, algumas coisas foram ditas sobre o livro. Vou postar aqui o que já foi falado/escrito sobre o livro na mídia.

Souvenir Iraquiano - Resenha

Antonio Luiz14/03/2010

Espionagem à brasileira
Os brasileiros apreciam romances de espionagem internacional, como mostram as vendas de autores como Robert Ludlum e John Le Carré. Mas aparentemente não gostam de escrevê-los, ou pelo menos raramente se atrevem a fazê-lo. Talvez nossos Ian Flemings em potencial ainda pensem que tais tramas estão muito distantes da realidade do País – o que já seria ingenuidade nos tempos do Imperador e o é muito mais nos dias de hoje, quando o Brasil, assim como outros grandes países periféricos, desempenha um papel cada vez mais importante na economia e geopolítica globais. 

O jornalista e publicitário Robinson dos Santos, atualmente editor do Diário da Amazônia, foi um dos poucos a aceitar o desafio e saiu-se razoavelmente bem. Seu primeiro livro no gênero, "Souvenir Iraquiano", edição de mil exemplares de 2005 (Cultura em Movimento, 240 págs.) patrocinada pela Fundação Cultural de Blumenau que até hoje não conseguiu uma distribuição que lhe permita chegar às livrarias, tem uma linguagem ágil e adequada ao tema e mostra muita habilidade em envolver o leitor. Seus personagens são verossímeis e atraentes, convencem como seres humanos e é fácil simpatizar com eles, apesar de todas as suas fraquezas morais. 

A trama parte de ex-militares brasileiros que, aflitos por dinheiro por diferentes motivos, se envolveram em ações criminosas e se endividaram com um impiedoso chefe de quadrilha. Ocorre a um deles, que trabalhou no Iraque na época em que a ditadura militar brasileira exportava armas e tecnologia a Saddam Hussein, roubar e contrabandear peças arqueológicas mesopotâmicas que ele vira nas escavações para a construção da usina nuclear de Osirak. 

Seus caminhos cruzam-se, porém, com os de um honrado militar iraquiano que decidiu desertar e com os de um espião dos EUA que, ao participar da preparação da primeira guerra do Golfo, de 1991, não vê por que não aproveitar a oportunidade para enriquecer. E nada acontece como foi planejado, para nenhuma das partes... 

A trama é muito inteligente e cativante. No mínimo, é uma excelente distração que mereceria ser transformada em filme. O diabo são os detalhes. O uso da língua é, no geral, bastante satisfatório, mas vê-se vários pequenos erros, principalmente quanto a nomes e termos estrangeiros, dos quais uma boa revisão poderia ter-nos poupado. 

Além disso, a pesquisa do autor deixou a desejar quanto a alguns pormenores. Não é nada que comprometa seriamente a trama, mas ainda assim são erros irritantes para quem conhece o tema. Para citar dois exemplos, o livro confunde satélites geossíncronos ou geoestacionários (que permanecem fixos sobre determinado ponto do Equador, a 36 mil km de altitude) com satélites espiões de órbita baixa (que passam por todo o planeta a altitudes de 150 km ou menos) e descreve soldados e policiais iraquianos, obviamente árabes, a falar farsi – a língua do então inimigo Irã – no deserto e nas ruas de Bagdá. 

Desculpadas minúcias como estas – que valeria a pena revisar em uma eventual e bem merecida segunda edição – o livro é um bom entretenimento. Convém acrescentar que o autor está preparando outro livro, cujo título provisório é "A Fronteira", cujo rascunho tive oportunidade de ler. Trata-se, neste caso, de brasileiros que participam uma operação patrocinada pela ditadura militar para prospectar e minerar urânio da Somália para Saddam Hussein, cujos interesses entram em choque com o Mossad, os EUA, as guerrilhas locais e missionários que tentam proteger seus órfãos da guerra. Tem tudo para igualar ou superar o primeiro livro, tanto em verossimilhança quanto em interesse humano.