O romance "Fronteira" (que ia ser chamado "A Fronteira", mas eu decidi mudar) nasceu de um trecho que vi no livro "Rede de Intrigas", do jornalista Nelson Lopes. Ele fala, em algumas linhas, sobre uma operação do SNI na África. Aquilo ficou anos fermentando em minha cabeça, num cantinho, indo e vindo, até que em 2003 veio algo à superfície. Acho que já comentei sobre isso.
A trama não é apenas uma história de espionagem, apesar de ter muito mais do gênero do que em "Souvenir Iraquiano". É uma história sobre redenção de personagens que não teriam chances de se redimir de seus erros (um agente do SNI). Ao mesmo tempo, é uma história de alguém que procura corrigir os erros do mundo, colocando sua vida a serviço desse propósito (uma missionária na Etiópia, que abandonara sua nacionalidade brasileira após fugir da guerrilha do Araguaia).
É um romance duro e sensível, pois procurei tratar de assuntos violentos do mundo da espionagem e da política sob a ótica individual.
Por isso que optei escrever sem um narrador único, mas sim mostrando os fluxos de pensamentos de cada personagem.
Mais uma vez, assim como em Souvenir Iraquiano, eu mostro que o "grande jogo" da espionagem e da guerra é jogado, no final das contas, por pessoas comuns, e não por superhomens.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
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