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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O que precisa para render uma sessão pipoca?

Como disse o Antônio Luiz, da Carta Capital, "quem escreve para um gênero acostumado com clichês tem que contar com resistência do público e dos editores se quer fazer algo diferente". A verdade é que não dá para dizer que existe resistência do público enquanto não for publicado. Existe mesmo é resistência de quem edita, de quem publica.
"O único jeito é mesmo procurar um editor que esteja disposto a aceitar o desafio e ter paciência. Não se muda o mercado da noite para o dia", Mas é exatamente isso que estou dizendo. Cadê esse editor? Cadê esse agente literário?
Cito aqui de novo Tropa de Elite 2. Fez um baita sucesso como um filme policial como outros que já vimos no cinemão americano, como de Scorcese, ou de Ridley Scott, somente para citar alguns.
Já "Federal" passou batido, da mesma forma como passam batidos tantos e tantos filmes americanos do gênero. Não basta ser americano para ser bom.
Mas as locadoras estão cheios de filmes meia boca que fazem o mercado girar, que rendem uma sessãozinha de pipoca no sábado à tarde. E estas sessões poderiam ser feitas com filmes brasileiros, baseados em livros brasileiros.

Mesclo cinema e literatura porque estão intimamente ligados. A literatura é um termômetro bastante usado pela indústria cinematográfica e a relação inversa também é inevitável. Poderia citar aqui dezenas e dezenas de filmes que vieram de best sellers e livros que foram publicados graças ao sucesso de filmes.

Um comentário:

  1. Seguinte: agente literário, no Brasil, ainda é artigo de luxo. Para escritor iniciante, ainda mais em literatura de gênero, é melhor esquecer. O que talvez seja uma bênção: prefiro assim do que no mercado anglo-saxônico, em que ninguém publica sem ter um agente literário que come 15% dos seus direitos autorais.

    Agora, editoras dispostas a arriscar, existem. Não sei como é a sua relação com sua editora, mas a minha é satisfatória. Meus livros, que também são ficção de gênero (ficção científica e fantasia) foram lançados com uma boa produção editorial, têm sido vendidos e estão nas principais livrarias (se não nas prateleiras, ao menos nas vendas online). A primeira edição de cada um já se esgotou e já estão vendendo as segundas.

    Agora, são edições pequenas. Você não pode esperar que um livro de autor iniciante e que sai dos clichês conhecidos seja lançado com a tiragem e a promoção de um best-seller.

    Também acho que você não deveria dar exemplos de cinema para falar de literatura. São mercados diferentes, com lógicas diferentes.

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