sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Na sorte
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Evasão de divisas
Vejamos: o Paraguai fez alguma alteração na usina que incrementasse (agregasse) valor à energia "gerada em seu lado"?
O Paraguai já pagou os US$ 12 bilhões que devia ao Brasil pela construção de "seu lado" da usina? Não. Inclusive, o Brasil quer perdoar a dívida.
Realmente, não consigo entender.
A não ser que imaginemos que parte do dinheiro pago a mais, todo ano, vá parar como comissão em uma conta numerada nas Caimãs, de alguém que esteja concedendo tantas benesses ao governo paraguaio...
terça-feira, 28 de julho de 2009
As Malvinas/Falklands
O meu próximo livro terá a Guerra das Malvinas como pano de fundo. Foi um conflito interessante, que acompanhei no que considero o início de minha adolescência.
Na época, apesar de imaginar que a única motivação real da guerra fosse uma tentativa de revitalizar a ditadura argentina, torci pelos hermanos. Acredito que muitos brasileiros tenham torcido por uma vitória do mais fraco, como uma espécie de afirmação da força latino-americana. Mas, no final das contas, todo mundo achou que os comandantes argentinos haviam sido loucos por entrar numa aventura da qual não poderiam sair vitoriosos.
Há, no entanto, como pensar de uma outra forma. Em primeiro lugar, os argentinos teriam julgado que os britânicos não iriam investir tempo e dinheiro para retomar aquele torrão de terra? Seria um engano. Era ano de eleições e um povo que havia sido o rei dos mares, cheio de colônias por todo o mundo, há tão pouco tempo, não perdoaria um governo que se deixasse submeter daquele jeito.
Considerando que os argentinos haviam ajudado os EUA em recentes operações clandestinas ao redor do mundo – vide a Emenda Bolland – eles acreditaram ter um aliado forte com um rabo preso. Comum rabo tão preso que iria considerar a agressão argentina aos britânicos como uma ameaça que não se enquadraria aos termos do acordo de OTAN – pelo simples fato de não ser oriunda do Pacto de Varsóvia.
Satélites
Que tipo de vantagens teria a Argentina caso os EUA desse a ela uma ajuda no mínimo como a que foi dada para os afegãos expulsassem os soviéticos de seu território?
Provavelmente teriam recebido armas através de uma operação de fornecimento triangular, com outra nação entregando os pacotes.
Teriam recebido dados precisos de satélites sobre as posições exatas das embarcações do Royal Navy. Quem divida que isso matasse algo na guerra?
Neutralidade
Além de não contar com a ajuda de seu parceiro de black operations, os argentinos viram-se traídos pelos mesmos, que forneceram ajuda tecnológica aos britânicos.
Além do mais, a neutralidade alegada em alguns países de fato não aconteceu. O governo do Chile colaborou com operações de incursão de forças especiais em território argentino pelo oeste-sul, proporcionando um duro golpe à força aérea da Argentina.
Sendo assim, ficaria realmente muito difícil para a Argentina ter um desfecho diferente para o conflito.segunda-feira, 27 de julho de 2009
Quase concluída
Outra coisa que está quase concluída é a minha pesquisa para meu próximo romance, que tem nome provisório de "Neutralidade". O romance se passará em três tempos diferentes, um deles em 1982, outro em 1997 e outro em 1999. Em 1982, os eventos acontecerão em paralelo com os combates na Guerra das Malvinas. As pesquisas incluem algumas entrevistas com profissionais de guerra submarina, aqui no Brasil e na Argentina.
Roteiro quase pronto
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Atos secretos
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Para comprar um exemplar do Souvenir Iraquiano
Adaptação
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Back in business
domingo, 7 de junho de 2009
Instituto de Cultura Árabe
sábado, 6 de junho de 2009
Souvenir Iraquiano no Terra Magazine
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Por falar nisso
Uma coisa que eu nunca vou conseguir entender é a forma como a mídia trata a proliferação de armas nucleares. A capa da Veja desta semana é uma pérola. Alerta para o fato da Coreia do Norte ter agora armas nucleares e o "desejo de usá-las".
Diamantes de sangue
terça-feira, 2 de junho de 2009
Da bomb
A bomba da foto ao lado é uma BLU-82, conhecida como DaiseCutter, ou cortadora de margaridas. É uma das bombas não-atômicas mais potentes que existem. Foi muito usada no Vietnã para abrir clareiras e, obviamente, tentar devastar os inimigos. Foi também utilizada na Guerra do Golfo, em 1991, e no Afeganistão, no combate ao Talibã.
Conto A Jardineira
Pessoal, esse conto fala sobre tráfico de diamantes. Para quem não sabe, em Rondônia fica a maior reserva de diamantes do mundo. Localizado na reserva indígena de Roosevelt, perto da cidade de Cacoal, o kimberlito de diamantes de lá é maior que o de Botsuana e da África do Sul... juntos.
Conto O Doutor
Download do romance A fronteira
Pois bem, acabo de entrar para o mundo da geração de links de downloads de arquivos.
domingo, 31 de maio de 2009
Download de PDFs
Novas idéias
E se alguém quiser comprar um exemplar do Souvenir Iraquiano?
As coisas estão indo
Pois bem, acho que já aprendi a fazer algumas coisas aqui.
Souvenir no Blog do Jerri Dias
Souvenir no site da CartaCapital
Espionagem à brasileira
Os brasileiros apreciam romances de espionagem internacional, como mostram as vendas de autores como Robert Ludlum e John Le Carré. Mas aparentemente não gostam de escrevê-los, ou pelo menos raramente se atrevem a fazê-lo. Talvez nossos Ian Flemings em potencial ainda pensem que tais tramas estão muito distantes da realidade do País – o que já seria ingenuidade nos tempos do Imperador e o é muito mais nos dias de hoje, quando o Brasil, assim como outros grandes países periféricos, desempenha um papel cada vez mais importante na economia e geopolítica globais.
O jornalista e publicitário Robinson dos Santos, atualmente editor do Diário da Amazônia, foi um dos poucos a aceitar o desafio e saiu-se razoavelmente bem. Seu primeiro livro no gênero, Souvenir Iraquiano, edição de mil exemplares de 2005 (Cultura em Movimento, 240 págs.) patrocinada pela Fundação Cultural de Blumenau que até hoje não conseguiu uma distribuição que lhe permita chegar às livrarias, tem uma linguagem ágil e adequada ao tema e mostra muita habilidade em envolver o leitor. Seus personagens são verossímeis e atraentes, convencem como seres humanos e é fácil simpatizar com eles, apesar de todas as suas fraquezas morais.
A trama parte de ex-militares brasileiros que, aflitos por dinheiro por diferentes motivos, se envolveram em ações criminosas e se endividaram com um impiedoso chefe de quadrilha. Ocorre a um deles, que trabalhou no Iraque na época em que a ditadura militar brasileira exportava armas e tecnologia a Saddam Hussein, roubar e contrabandear peças arqueológicas mesopotâmicas que ele vira nas escavações para a construção da usina nuclear de Osirak.
Seus caminhos cruzam-se, porém, com os de um honrado militar iraquiano que decidiu desertar e com os de um espião dos EUA que, ao participar da preparação da primeira guerra do Golfo, de 1991, não vê por que não aproveitar a oportunidade para enriquecer. E nada acontece como foi planejado, para nenhuma das partes...
A trama é muito inteligente e cativante. No mínimo, é uma excelente distração que mereceria ser transformada em filme. O diabo são os detalhes. O uso da língua é, no geral, bastante satisfatório, mas vê-se vários pequenos erros, principalmente quanto a nomes e termos estrangeiros, dos quais uma boa revisão poderia ter-nos poupado.
Além disso, a pesquisa do autor deixou a desejar quanto a alguns pormenores. Não é nada que comprometa seriamente a trama, mas ainda assim são erros irritantes para quem conhece o tema. Para citar dois exemplos, o livro confunde satélites geossíncronos ou geoestacionários (que permanecem fixos sobre determinado ponto do Equador, a 36 mil km de altitude) com satélites espiões de órbita baixa (que passam por todo o planeta a altitudes de
Desculpadas minúcias como estas – que valeria a pena revisar em uma eventual e bem merecida segunda edição – o livro é um bom entretenimento. Convém acrescentar que o autor está preparando outro livro, cujo título provisório é A Fronteira, cujo rascunho tive oportunidade de ler. Trata-se, neste caso, de brasileiros que participam uma operação patrocinada pela ditadura militar para prospectar e minerar urânio da Somália para Saddam Hussein, cujos interesses entram em choque com o Mossad, os EUA, as guerrilhas locais e missionários que tentam proteger seus órfãos da guerra. Tem tudo para igualar ou superar o primeiro livro, tanto em verossimilhança quanto em interesse humano.
Na revista VIP
O Chefe Gostou (VIP – Agosto de 2007)
Souvenir Iraquiano – Robinson dos Santos – Cultura em Movimento – 240 págs,
Revista Playboy
Thriller de fôlego (Playboy – Junho de 2006)
Comentários sobre Souvenir Iraquiano
Souvenir Iraquiano - Resenha
Espionagem à brasileira
Os brasileiros apreciam romances de espionagem internacional, como mostram as vendas de autores como Robert Ludlum e John Le Carré. Mas aparentemente não gostam de escrevê-los, ou pelo menos raramente se atrevem a fazê-lo. Talvez nossos Ian Flemings em potencial ainda pensem que tais tramas estão muito distantes da realidade do País – o que já seria ingenuidade nos tempos do Imperador e o é muito mais nos dias de hoje, quando o Brasil, assim como outros grandes países periféricos, desempenha um papel cada vez mais importante na economia e geopolítica globais.
O jornalista e publicitário Robinson dos Santos, atualmente editor do Diário da Amazônia, foi um dos poucos a aceitar o desafio e saiu-se razoavelmente bem. Seu primeiro livro no gênero, "Souvenir Iraquiano", edição de mil exemplares de 2005 (Cultura em Movimento, 240 págs.) patrocinada pela Fundação Cultural de Blumenau que até hoje não conseguiu uma distribuição que lhe permita chegar às livrarias, tem uma linguagem ágil e adequada ao tema e mostra muita habilidade em envolver o leitor. Seus personagens são verossímeis e atraentes, convencem como seres humanos e é fácil simpatizar com eles, apesar de todas as suas fraquezas morais.
A trama parte de ex-militares brasileiros que, aflitos por dinheiro por diferentes motivos, se envolveram em ações criminosas e se endividaram com um impiedoso chefe de quadrilha. Ocorre a um deles, que trabalhou no Iraque na época em que a ditadura militar brasileira exportava armas e tecnologia a Saddam Hussein, roubar e contrabandear peças arqueológicas mesopotâmicas que ele vira nas escavações para a construção da usina nuclear de Osirak.
Seus caminhos cruzam-se, porém, com os de um honrado militar iraquiano que decidiu desertar e com os de um espião dos EUA que, ao participar da preparação da primeira guerra do Golfo, de 1991, não vê por que não aproveitar a oportunidade para enriquecer. E nada acontece como foi planejado, para nenhuma das partes...
A trama é muito inteligente e cativante. No mínimo, é uma excelente distração que mereceria ser transformada em filme. O diabo são os detalhes. O uso da língua é, no geral, bastante satisfatório, mas vê-se vários pequenos erros, principalmente quanto a nomes e termos estrangeiros, dos quais uma boa revisão poderia ter-nos poupado.
Além disso, a pesquisa do autor deixou a desejar quanto a alguns pormenores. Não é nada que comprometa seriamente a trama, mas ainda assim são erros irritantes para quem conhece o tema. Para citar dois exemplos, o livro confunde satélites geossíncronos ou geoestacionários (que permanecem fixos sobre determinado ponto do Equador, a 36 mil km de altitude) com satélites espiões de órbita baixa (que passam por todo o planeta a altitudes de 150 km ou menos) e descreve soldados e policiais iraquianos, obviamente árabes, a falar farsi – a língua do então inimigo Irã – no deserto e nas ruas de Bagdá.
Desculpadas minúcias como estas – que valeria a pena revisar em uma eventual e bem merecida segunda edição – o livro é um bom entretenimento. Convém acrescentar que o autor está preparando outro livro, cujo título provisório é "A Fronteira", cujo rascunho tive oportunidade de ler. Trata-se, neste caso, de brasileiros que participam uma operação patrocinada pela ditadura militar para prospectar e minerar urânio da Somália para Saddam Hussein, cujos interesses entram em choque com o Mossad, os EUA, as guerrilhas locais e missionários que tentam proteger seus órfãos da guerra. Tem tudo para igualar ou superar o primeiro livro, tanto em verossimilhança quanto em interesse humano.