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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

manancial de ideias



Vendo o teaser e lendo sobre o filme “Assalto ao Banco Central”, deu vontade de escrever sobre o público do cinema nacional e a sua percepção de realidade.

A

análise a seguir corresponde mais à forma como as pessoas percebem Tropa de Elite 2 do que a forma como o filme foi feito, como o roteiro foi escrito. Isso porque não conversei com o diretor ou o roteirista, e não pretendo tentar decifrar as intenções de ambos, nem dos produtores. A idéia é simples, apenas mostrar impressões que a produção e sua leitura passam em comparação com alguns conceitos.

O filme precisa mostrar realidade para convencer? O efeito que o filme tem com o público mostra a possibilidade da necessidade desse acordo tácito com o público. O contrato com a realidade parece ser fundamental para que a trama seja aceita. Não é um fenômeno novo nem aplicável somente ao nosso cinema e ao caso específico de Tropa de Elite 2. Isso representa uma não-aceitação da ficção com toda a sua liberdade ou indica que os temas de nossa ficção não se esgotaram e que ainda há obrigatoriedade para esse tipo de trama, que exija o cumprimento desse contrato. O fato fica bem evidente quando avaliamos, por exemplo, um filme que deverá seguir as trilhas de TE2, que é a história do assalto ao banco central.

Se é incorreto e pretensioso fazer uma análise das reais intenções de um cineasta acerca do que ele quis ou quer fazer em determinada obra, é procedente analisar algumas forças que podem tanger o cineasta nessa ou naquela direção. Por isso, é plausível o questionamento: nosso cinema deve ter sua produção limitada ao relacionamento direto com o noticiário? Nossa ficção deve ficar atrelada a esse contrato? Qual é a preocupação/necessidade do autor? Estabelecer contatos com a realidade para gerar referências de interesse, para criar uma relação de revelação (que na verdade faz contato inicial com a realidade para depois se afastar) ou ser forçado a atar amarras com a realidade, ficando ele preso não a um estilo de semidocumentário, mas sim preso à temática semidocumentarialista?

Como citei acima, as possibilidades da dramaturgia nacional não estão esgotadas, mas as histórias reais (no campo policial, thriller, suspense e espionagem) que podem servir de tema podem se esgotar. E como ficamos? Como o público receberia um filme como o último dirigido por Bem Affleck, THE TOWN?

(continua)

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