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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O Voo (Parte 3)

Com a PT99 na mão direita, tremendo e arfando, Medeiros apoiava-se no banco ensanguentado de uma minivan, olhando para o túnel através da porta do veículo. Começava a ouvir os ruídos que vinham de fora, como buzinas que haviam disparado com as colisões e o som das chamas do caminhão tanque que ainda ardia em chamas e enchia o túnel de fumaça. Mas não ouvia passos. Não ouvia mais os dois homens se aproximando.
Reuniu forças e, lentamente, com o coração quase saindo pela boca, esgueirou-se para fora do veículo. Diante dele estava o corpo dilacerado à bala do homem que tivera - já morto - que usar como armadilha. Olhou para a direita e viu um dos homens que estava tentando matá-lo, emborcado no chão. Aquele não podia fazer mais nada.
Girou o corpo rapidamente para a esquerda, a PT99 à frente, e viu o outro homem, ainda vivo.
O seu oponente havia deixado cair a submetralhadora e estava muito ocupado tentando conter uma terrível hemorragia. O sangue espirrava dentre seus dedos, saindo de um rasgo no pescoço. Ele fitava Medeiros, com olhos que não deixavam transparecer nada. Nem ódio, nem dor, nem medo. Apenas olhava o sargento da Aeronáutica aproximando-se com uma pistola 9mm apontada em sua direção.
Medeiros puxou a MP5K, agarrando-a pela bandoleira, e, sem tirar a pira do rosto do homem, fez uma pergunta.
Nenhuma resposta.
- Quem mandou vocês, porra?
O sargento percebeu que o homem estava fora de combate e colocou a pistola no bolso de trás. Com dificuldade, conferiu que a metralhadora estava carregada ainda, com três pentes de 40 tiros soldados uns aos outros.
- Quem são vocês?...
- Você não vai escapar... - respondeu o homem, quase perdendo os sentidos, as mãos no pescoço fraquejando, deixando mais sangue jorrar.
- Nem você...

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