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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Como lançar novos autores?

Peguei essa discussão como quem pega um bonde andando e já fui, como é de meu feitio, lascando opiniões. Isso aconteceu no Twitter, onde as conversas se fragmentam em arroubos de 140 caracteres e reticências e links. Melhor trazer para cá, onde fica mais fácil explicar ideias.
Pois bem, de forma esquemática, o que é melhor para lançar um autor novato, que é desconhecido, que nunca publicou? Preço barato de seu livro?
Preço baixo seria possível com uma cooperativa fundada à base de Lei Rouanet e uma cobrança de um fee mensal dos associados, um valor baixo que pudesse manter um consórcio de publicações. Cada mês seria lançado um título com uns 500 exemplares. Os custos manteriam a impressora (offset plana), fotolito, o gráfico e os custos de acabamento. Como todo consórcio, a ordem de publicação poderia ser por sorteio (não por lance).
Os associados deveriam manter o pagamento fiel das mensalidades, apesar de seu livro já ter sido publicado.
Mas como disse muito bem o @ALuizCosta, o que vende livro não é preço baixo, mas indicação.
Bem, a existência de uma cooperativa com um consórcio como esse já rende notícia, mas é apenas uma vez, uma inserção, capaz de vender um ou dois títulos. E quando a cooperativa cair no esquecimento?
Livro é vendido com indicação de formadores de opinião (Jô Soares, por exemplo) na grande mídia, na comunicação de massa passiva, que não exige esforço do público para chegar até a informação.
Esse, para mim, é o problema. Meu romance "Souvenir Iraquiano" teve diversas notas e resenhas positivas e não decolou. Meu terceiro romance, "Fronteira", está começando na estrada, mas não tenho falsas esperanças. Sem um marketing que leve ao formador de opinião, morre na praia.
Esse marketing viria de onde? Agentes literários, certo? Mas no Brasil não tem um único que resolva apostar, que crie um autor, que faça um trabalho de editor mesmo, que dê palpites, que queira pegar o cara pequeno até mesmo para ganhar mais com isso.
Uma agente literária pediu uma sinopse de meu próximo livro. Eu mandei e ela disse: "não temos interesse no momento".
Mais nada. Poxa, eu sou um escritor profissional, isso não é resposta, não direciona nem para um lado nem para o outro. Com essa resposta eu posso bater a cabeça até o fim da vida sem chegar onde o mercado quer que o escritor chegue... Pedi uma resposta mais clara e até hoje estou esperando.
Acho que nem ela sabia.

Posto aqui (http://migre.me/2EHLF) o meu pedido de resposta mais clara, sem citar o nome da agente, para vcs terem uma ideia.... Está aberta a discussão.

7 comentários:

  1. Agente literário não faz marketing junto ao público. A função dele ou dela é fazer marketing do autor junto às editoras, se achar que vale a pena. Uma grande editora provavelmente dará mais atenção a um agente conhecido do que a um escritor desconhecido. E agente também não faz trabalho de editor: quem tem de fazê-lo é o editor, mesmo.

    Solução mágica? Não tem, como também não tem para se fazer sucesso em qualquer outra carreira. O Jô Soares só entrevista autor se ele já for um sucesso ou se for um autor iniciante famoso por alguma razão não-literária (empresário, ator, cantor, Surfistinha etc.)

    Precisa de uma combinação de fatores. São várias condições necessárias, mas não suficientes. O livro precisa ser razoavelmente bom, para começar. É preciso uma boa revisão e edição e uma capa decente, que não dê a impressão de coisa brega ou feito nas coxas. Precisa ter quem resenhe e escreva sobre o livro, mas não adianta se ninguém encontra o livro nas livrarias (é o caso do "Souvenir Iraquiano"). Precisa cair no gosto de pelo menos alguns entusiastas que falem dele para os amigos, comentem nos blogs etc.

    O melhor caminho para um iniciante desconhecido, acho eu, é interessar uma editora que, mesmo pequena, faça um bom trabalho de edição, tenha canais de divulgação e consiga colocar a obra nas livrarias. É preciso conhecer editores e descobrir qual deles poderia se interessar por seu tipo de trabalho. Eu acho que qualquer trabalho bem feito encontra um nicho, menor ou maior, mas nem sempre é fácil encontrá-lo.

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  2. Acho a cooperativa temerária. Quem vai selecionar os autores? Sem esse trabalho de edição, corre-se o risco de virar mais uma dessas editoras que publicam qualquer coisa desde que o autor pague. O ideal, via Lei Rouanet mesmo, talvez, seria ampliar as pequenas editoras, aumentar o nº de agentes literários sérios, mas sem vínculos com as gdes, que têm outros interesses. E penso que o escritor tem de ser um pouco empreendedor mesmo: bater em porta de livraria, oferecer eventos. Eu mesma já consegui, com facilidade, agendar palestra e autógrafo em duas gdes livraria de SP com um autor desconhecido, amigo meu.

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  3. Amigoo bem bacana este post viu? Parabéns! Estou esperando os exemplares em casa! Vou indicar seus livros á pessoas que adoram ler viu?
    Parabéns de verdade! Belo blog!!

    Por:@RandalSavino_

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  4. Discordo Do Sig. ou Dr. Antonio Luiz enquanto não é qualquer trabalho bem feito que encontra espaço no mercado...no Twitter a ultima frase que escrevi para o Dr. Pereira foi: UMA CAGADA COMO CREPUSCULO VENDE MUITO...!! Isso porque segue tendencias de mercado.
    Infelizmente o programa do Jo Soares fica em um horario em que MUITOS tem coisas melhores que fazer, isso porque é mais importante na opinião da midia brasileira UMAS COIXAS SARADAS ou UM MONTE DE IDIOTAS DENTRO DE UMA CASA OU FAZENDA OU BISTROT OU OS PASTORES QUE QUEREM COMPRAR ATÉ O SBT COM O DINHEIRO ESTORQUIDO.
    E se estivesse em horario melhor, deveria focar sobre qualidade e não popularidade.

    Muitos fenomenos do mundo virtual hoje acabam na TV e convidados tambem no Jo Soares.
    Muitos utilizam esta estrategia para chegar onde normalmente seria complicado, as vezes por falta de capital ou não conhecem a pessoa certa.

    Agente literario...Dr. Pereira, não a conheço, nem li nunca um seu livro, mas acho que seria mais interessante da biografia de Ronaldo que com certeza foi selecionada por um Agente literario...
    Ah não...esquecia o Capital!!! Ronaldo banca! então o Agente literario fica calado!

    Mas empina o nariz atrapalhando a carreira de outros.

    Enfim...Queria encorajar os novos autores em lançar suas obras por um preço justo em sites criados por estes mesmos. A divulgação dependeria só do esforço de cada um. Capital mais baixo, nada de Agente literario e depois de 500.000 copias vendidas em um mese ao preço de 3 RS cada...ME CHAMEM E IREI CONVOSCO NO JO SOARES...
    SHALOM!
    LUIGI

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  5. Há centenas de livros lançados pelos próprios autores e divulgados em sites criados por eles mesmos. Com preço geralmente alto, porque são tiragens muito pequenas (dezenas ou centenas), ou mesmo impressos um-a-um a cada vez que se encomenda pela internet. Se a tiragem for algo um pouco maior, digamos mil exemplares, então se torna um estorvo na casa do autor...

    Raramente é solução. O resultado é quase sempre uma obra não revisada, mal paginada, com capa feia e da qual ninguém ouve falar. Serve só para mostrar para a mãe e para os amigos que se é "escritor".

    O único que eu ouvi falar que teve sucesso publicando o próprio livro foi o André Vianco, mas ele (que estava desempregado)teve de ir de livraria em livraria convencer os vendedores a aceitar seu livro. E assim que começou a ter algum sucesso, fez contrato com uma editora.

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  6. Editoras que "publicam qualquer coisa" são uma necessidade no nosso mercado. Justamente porque o papel do agente é limitado. E são muitos poucos com penetração em editoras decentes. Por outro lado, os profissionais que selecionam autores nas grandes editoras têm olho bem comercial e bastante preconceito.

    Enmtão editoras como a LivroNovo e a Baraúna (são as que conheço, nos moldes da Lulu americana) são uma saída viável para novos autores. Acho que, hoje em dia, são "A" saída. No dia que uma dessas tiver mais visibilidade, é possível que pegue no tranco e funcione como verdadeiro canal de venda.

    O lande do "bolsa edita" foi uma brincadeira. Temos leis de incentivo cultural no País. Mas no final das contas, a verba acaba indo para as panelas, para a academia ou pra quem tem "pegada" no trabalho burocrático. Eu não tenho.

    A propósito, a 2ª edição do meu livro, de bolso, foi bancada por uma editora pequena, e já está no mercado aqui no sul. CVamos ver no que vai dar.

    Abraço!

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  7. NO 2011 O AUTOR DEVE SER O PRIMEIRO VENDEDOR DE SUAS OBRAS, IR DE PORTA EM PORTA E ESPERAR QUE ALGUEM ENTENDA SUA VISÃO E SEU JEITO DE ESCREVER.
    COMO EM QUALQUER NICHO DE MERCADO SE NÃO CONHECER AS PESSOAS CERTAS NÃO SE CONSEGUE AVANÇAR, MAS REALMENTE QUANDO SE TRATA DE ARTE, DE QUALQUER FORMA ESTA VENHA A SE APRESENTAR, A ACEITAÇÃO PARECE SER HERMETICA; ISSO PORQUE AS PESSOAS GOSTAM DO QUE GOSTA A MASSA E A MASSA GOSTA DO QUE É TENDENCIA E A TENDENCIA NA ARTE É DATA PELO MARKETING DA OBRA. MARKETING PRECISA DE INVESTIMENTO, O DR. ANTONIO LUIZ FALA DE CAPA... VERDADE A CAPA É IMPORTANTE PORQUE É A APRESENTAÇÃO DO TEU TRABALHO, É COMO A ETIQUETA DE UM PRODUTO NO SUPERMERCADO, NA LIVRARIA A PRIMEIRA COISA QUE TEU OLHAR CAPTA É A COR DA CAPA, O TITULO, A IMAGEM COMO QUALQUER PRODUTO DO MERCADO. AGORA ENTRAR E SABER JA O QUE SE QUERE COMPRAR, ISSO É SEGUIR A TENDENCIA!
    SHALOM
    LUIGI

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