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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Tiririca



Pois bem, em recente entrevista, o Palhaço Tiririca, também conhecido como Francisco Everardo Oliveira Silva, disse que não acreditava que seria eleito.
O trecho da reportagem segue abaixo:

O deputado eleito contou que disse à sua mulher, em 3 de outubro, dia da votação, que achava que não seria eleito. "Falei pra minha esposa que eu ia tirar uns 5.000 votos. Porque nós levamos a campanha na brincadeira. Não oferecemos proposta pra ninguém. Achava que a galeria ia levar na brincadeira isso aí".

Segundo reportagem na revista Veja, a campanha de Tiririca custou R$ 3,5 milhões e foi totalmente custeada pelo PR de São Paulo. Em outra reportagem, no R7, a campanha de Tiririca teria custado menos de R$ 700 mil.
Há uma discrepância e uma boa dose de desinformação na história toda. Por que o PR investiu R$ 3,5 milhões na campanha de Tiririca? Por que dizer que a candidatura de Tiririca seria uma palhaçada? Por que Tiririca, que deve ter visto muitas pesquisas de intenção de voto e seu crescimento na preferência do eleitor, teria imaginado que ia receber 5 mil votos?

Fica bem claro que o PR de São Paulo usou a campanha do Tiririca para fazer entrar uma série de candidados graças ao coeficiente eleitoral. Ou seja, os votos de Tiririca empurraram para o Congresso Nacional políticos que talvez não entrassem sem essa ajuda.

Desta forma, creio que a diplomação do palhaço Tiririca não deveria estar na corda bamba pelo fato dele ser ou não analfabeto funcional, mas sim devido à conspiração, à formação de quadrilha que envolveu a sua candidatura. Ele não apenas mentiu quando disse que sabia ler e escrever, mas continua mentindo acerca de sua campanha e do fato de ter sido CONTRATADO para este estratagema. O PR de São Paulo deve responder por qual motivo investiu R$ 3,5 milhões na campanha de um palhaço analfabeto!

Uma coisa é uma ex-celebridade querer arrumar um "emprego" a partir de sua fama, mesmo que já em decadência. Outra bem diferente é um partido político investir R$ 3,5 milhões em uma campanha sem nenhum embasamento político. Ou seja, sem nenhum tipo de embasamento político que não seja a utilização do coeficiente eleitoral em proveito próprio a partir de uma farsa. ((textosecreto@gmail.com para quem quiser receber meus livros))


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Veja também no blog opiniões sobre a crise no Rio, o mercado editorial brasileiro e meus contos. Tem também a crônica Estratégia Scooby Doo

6 comentários:

  1. esse fato demonstra a total e malefica contribuição de nossos partidos, os que promovem essas palhaçadas>> alias partidos não , rachados , kk> bom dia>

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  2. Concordo plenamente! O TRE-SP devia ver essas coisas antes, se analfabeto e quem banca a campanha...Isso tudo só prova como é preciso uma reforma URGENTE na política, e acabar com essa palhaçada de legendas levar candidatos junto com o que foi eleito!

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  3. "Ele não apenas mentiu quando disse que sabia ler e escrever..."
    As regras para eleição são claras. Se o sujeito disputa e é eleito, eleito está. Há injustiça na aplicação do coeficiente eleitoral? Com certeza, vide Luciana Genro que ficou fora apesar de cento e tantos mil votos lá no RS ou, aqui no Rio, o Brizola Neto, com quase 60 mil, se não me engano. Mas são as regras que estão postas. Se vc não quiser se molhar, use guarda-chuvas. Se o PR apostou no Tiririca e ganhou, não seria um pouquinho de mágoa dos demais, que não tiveram a idéia, em questionar a legitimidade...
    E sobre a capacidade de ler e escrever, fica a pergunta de sempre: e se a pessoa fosse cega e, por uma desgraça dessas que parecem impossíveis, perdesse as mãos e não pudesse ler nem em braile e ao mesmo tempo tivesse uma mente brilhante. Seria ilegítimo elegê-lo ou a gente quer igualdade total e irrestrita?
    E também me parece preconceituosa a afirmação "sem nenhum embasamento político". Afinal, o que sabemos sobre a construção ideológica do deputado? Sempre torço pelas boas surpresas e talvez estejamos diante de uma.

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  4. Esse é o nosso país... Por isso sou extremamente contra o "coeficiente eleitoral". É uma palhaçada!

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  5. O promotor Maurício Lopes está claramente numa cruzada à la Elliot Ness. Fazendo analogia, Ness prendeu Al Capone por sonegação fiscal, face a dificuldade de imputar a este outros crimes, por falta de provas. Lopes tenta desarmar a farsa do PR pelo único meio possível: o impedimento pelo analfabetismo.

    Tiro o chapéu para ele.

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  6. Uma questão como a desta eleição em específico evoca muitos pontos a discutir.
    Até onde vai a verdade e onde começa a mentira?
    Se pegarmos apenas a 'versão' do eleito já nos deparamos com a seguinte pergunta:
    - Mas quem nem sabe o que acontece na política deve receber da população um voto de confiança para lhe representar?
    E mais:
    - Se Tiririca esperava ganhar uns 5 mil votos apenas pela brincadeira 'pior do que está não fica', não é do povo a burrice dos outros 950 mil?
    Até onde entendo.... quando alguém lhe pede um voto, isso significa um voto de confiança para que ela possa fazer alguma coisa, certo? E...a quem você tem dado seus votos de confiança?
    Filhos, amigos, maridos, parentes, políticos pedem. Concedemos e observamos os resultados para avaliar se fizemos a opção correta, se a atitude é um vacilo, o melhor é parar por ali.
    Você costuma analisar o que os políticos em quem votou fizeram com a chance que você lhes deu?
    Na minha opinião pessoal acho a política brasileira uma piada generalizada, salvando-se raríssimos casos. Então opto por não votar em ninguém, anulo. E assim farei até o dia em que eu ver um trabalho sério, onde eu tenha opções em quem votar e não ter que escolher entre o 'menos pior'. Acho que morro e este dia está longe.
    Por último... alguém disse, e não me lembro quem,
    " O Povo tem o governo que merece"
    estendo isso aos nossos amigos e namorados, namoradas, esposas e maridos!!!!
    A gente é quem faz a opção e também é livre para romper, desta forma...(reticências eternas)

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