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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

De porta em porta?

Cabe ao candidato a escritor correr de porta em porta, em livrarias e editoras, tentando emplacar a sua obra? Seria muito legal, se todo candidato a escritor estivesse desempregado e tivesse o talento para as relações públicas. Mas nem sempre as coisas andam dessa forma.
Todo mundo acha muito interessante o autor consagrado ser recluso, mas e o autor iniciante? Ele precisa ter o talento de um comediante standup, precisa ter a habilidade de um vendedor de carros usados e ter todo o tempo do mundo.
Como disse o @ALuizCosta, não há mágica. Não há receita mágica para emplacar um livro, emplacar um roteiro, como também já me falaram Danilo Gullane e Bráulio Mantovani. Mas assim como não há mágica, não há novidade nisso.
O que não há mesmo é indústria.
Nos Estados Unidos e na Europa existe uma indústria literária ávida por novos títulos. Aqui também tem, mas ela se satisfaz com os títulos estrangeiros para preencher o buraco. Não há como suprir a demanda de títulos de ENTRETENIMENTO. Como disse em post anterior, Ryioki Inoue era um escritor que trabalhava nesse nicho. Escrevia rápido como o diabo e ganhava muito pouco com isso, além de nunca ter usado seu nome verdadeiro até que resolveu chutar o pau da barraca. Tinha mais de 30 pseudônimos e muita gente consumia vorazmente sua literatura pulp de faroeste, guerra, policial, espionagem e etc. Tudo com personagens estrangeiros, em terras estrangeiras.
Isso lembra um pouco também o Paulo Coelho. Quantos livros dele se passam no Brasil, com temas brasileiros?

Essa discussão começou com uma pergunta "Como lançar um autor estreante, novato?"
Acho que vale a pena tentar responder essa pergunta, e não patinar sobre o óbvio.
A pergunta pode ser desmembrada:

- Como incentivar a indústria de livros no Brasil?
- O que as pessoas leem?
- Como criar um método de divulgação equilibrado de livros de estreantes?
- A internet é suficiente para essa divulgação? Em qual site? Como o leitor médio vai saber onde procurar?
- Existiria alguma forma de levar os autores iniciantes para a grande mídia de forma regular? Como seria?
- Haveria forma de incentivar a indústria do livro a lançar e divulgar novos autores?
- Existe realmente preconceito com escritores "de gênero" no Brasil?
- Haveria forma de incentivar os grandes veículos (comunicação de massa) a dar espaço para a literatura emergente?

Não convém aqui fazer a chuva cair no molhado... Já sabemos que personalidades instantâneas ou não é que ocupam espaço na mídia quando lançam seus livros. A lista é grande. Seria interessante pensarmos em inovação...
Esse assunto está muito bem levantado no blog http://blog.oficioeditorial.com.br/

Vale uma boa olhada.
Enquanto isso, para fazer meus livros se tornarem conhecidos, envio um exemplar de cada (Souvenir Iraquiano e Fronteira) para quem quiser. Basta mandar o endereço. Quem gostar, ao receber, e quiser pagar algo para cobrir a postagem, fico satisfeito.

2 comentários:

  1. "Nos Estados Unidos e na Europa existe uma indústria literária ávida por novos títulos. Aqui também tem, mas ela se satisfaz com os títulos estrangeiros para preencher o buraco"

    Acho que não é bem assim. Segundo pesquisa da Fipe ( http://is.gd/i8NLf ) em 2009 foram editados 46.703 títulos de escritores brasileiros e 5.807 traduzidos, contra 44.503 brasileiros e 6.626 traduzidos em 2008. O número de títulos nacionais é maior e está crescendo. A questão é que a maioria dos best-sellers são traduzidos.

    No caso dos seus livros, "Souvenir Iraquiano" e "Fronteira", o maior problema que vejo é distribuição. Eles não estão nas principais livrarias. O problema, então, é não ter conseguido uma editora que faça esse esforço. Para dar um exemplo, tem um livro chamado "Necrópolis - fronteira das almas" que é de outro iniciante, teve uma edição mais recente e talvez menor, mas pode ser encontrado em livrarias como Cultura, Saraiva etc. e já teve pelo menos uma reimpressão.

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  2. Saudações, Robinson,

    você já consultou um agente literário? Talvez fosse legal você tentar contato, sugerimos a Alessandra Pires (da O Agente Literário, http://www.oagenteliterario.com.br/age.html) ou a Marisa Moura (da Página da Cultura http://paginadacultura.com.br/br/a-agencia/).

    Infelizmente a realidade é essa que você apresenta. O escritor estreiante ou novato tem mesmo dificuldade de ver sua obra emplacar. Mas, veja, as grandes editoras também não investem em cada autor que publicam, mesmo os premiados, elas divulgam apenas os que vendem mais. No fim, o escritor é aquele que deve se divulgar. Não digo que concordamos com isso, digo que é o que vemos. Os casos do momento são Rafael Dracon e Eduardo Spohr, que, depois de se "autopublicarem" e se autodivulgarem pacas, tiveram sua obra comprada por grande editora.

    Quem mais investe no escritor iniciante são as pequenas editoras. Procure-as.

    abraço!

    Ofício Editorial

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